segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Meu nome

Talvez você tenha se perguntado por quê eu assino como ALICE C.S., sem colocar meu sobrenome. Ou, o que é mais provável, talvez não tenha, mas tenha ficado curioso ao ver um post dedicado à isso.
Bem, quando eu conseguir publicar um livro, irei assinar exatamente assim. E, embora para alguns possa parecer só um nome, tem um grande significado para mim, isso está pensado à muito tempo.
Para entender, primeiro preciso que pensem comigo: vou usar 3 exemplos.

J.R.R. Tolkien. Ele "disponibiliza-nos" o sobrenome Tolkien. Apenas. Lembre-se disso.
Rick Riordan. Dando para nós um nome e um sobrenome, como também é o exemplo de Suzanne Collins. Lembre-se disso também.


O jeito que os fãs chamam seus ídolos vai depender dos nomes que eles nos "disponibilizam". Nós usamos um dos nomes para apelidá-los carinhosamente, ou para identificá-los mais rapidamente, sem dizer o nome todo. Porém, no fundo de seu âmago, podemos perceber, no nome, como o escritor é visto pelos seus fãs. Esta maneira que cada um é chamado mostra como os leitores vêm o escritor, a imagem que o escritor representa para eles.
Aplicando o primeiro "lembre-se disso": com o sobrenome disponibilizado, chamamo-os de MESTRE TOLKIEN. Este nome demonstra respeito, admiração. As pessoas reconhecem que Tolkien é superior.
O segundo "lembre-se disso": Richard Riordan é conhecido em mais de um país como Tio Rick (ou Uncle Rick). Este nome já demonstra uma intimidade com o escritor, um carinho especial, como se ele fosse da família. Não sugere que ele é um ser de superioridade inalcançável (como pode parecer no caso do Mestre Tolkien), apenas é um modelo para nós (sim, eu faço parte desse grupo \O/). Suzanne Collins é chamada (com uma frequência um pouco menor que os outros dois, creio eu) de Tia Suzzie, seguindo o mesmo príncipio.
LEMBRETE: nem todos os fãs usam esses nomes, mas uma parcela significativa deles usa.

Agora, disponibilizando eu apenas o nome ALICE, de certa forma forço (ou pelo menos tento) o leitor a me chamar por esse nome (talvez acompanhado de uma palavra). Acredito que com essa "forçação" o leitor possa se aproximar de mim. Quando alguém lê seus textos, ele conhece você, fica próximo, vê seus pesamentos mais profundos, sua forma de pensar e ver o mundo. Por isso, não é estranho que esta característica se reflita no nome do autor, na maneira como irão chamá-lo. Alice, sugeriria uma amiga, uma pessoa, alguém próximo de você, alguém querido e talvez admirado, mas sem estar num alto patamar de inalcançabilidade. Simplesmente ALICE.
Acredito que se eu fosse receber um apelido, seria algo como "prima Alice". Algo que dá ideia de que se esta tratando de uma pessoa igual. Afinal, ninguém é superior a ninguém: acredito que o talento não é nato, ele é desenvolvido ao longo de sua vida. Por isso, o que poderia fazer do escritor superior ao leitor torna-se apenas uma característica a ser alcançada.
Sábios foram os do Egito Antigo, que 4 000 anos atrás já conseguiram perceber a importância do nome e considerá-la parte da alma do ser humano (composta por BA, KA e SHEUT, além do REN em questão).

Com toda essa reflexão, creio que o único pensamento que quero passar é: os nomes têm muita importância, o meu não foi escolhido por acaso. Ficarei feliz em ser chamada por ele.

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